2005/11/29

Pedro Mexia sobre "O excesso de consagrados"

Como sempre, vale a pna ler a crónica de Pedro Mexia no Diário de Notícias:

"Há umas semanas, um romancista português enviou-me um e-mail extremamente simpático mas extremamente queixoso, criticando o sistema de castas que, segundo ele, domina a literatura portuguesa existem os consagrados, quase sempre elogiados, e os outros, geralmente esquecidos."

Pode continuar a ler aqui.

No 70º aniversário da morte de Fernando Pessoa


Lembra-nos o Diário de Notícias:

"A RTP dedica esta madrugada mais de cinco horas de programação àquele que é considerado um dos maiores poetas portugueses.

A partir da 01.30, Clara Ferreira Alves conduz um programa de 50 minutos que conta com a presença de vários especialistas em Fernando Pessoa.

As Palavras Vivas,em que a poesia de Fernando Pessoa vai ganhar ritmo pela voz de Mário Viegas, abrem caminho para uma série de rubricas que preenchem a noite do canal público.

Intercalando a poesia com documentários sobre a vida do poeta, a RTP repõe antigos programas, entre os quais O Homem é um Mundo, no qual o escritor e dramaturgo Luís de Sttau Monteiro recolheu depoimentos de Sandra Ferreira do Amaral (trabalhou com Fernando Pessoa nos escritórios comerciais na Baixa lisboeta) e de Alberto Cutileiro, também contemporâneo do poeta.

O espaço dedicado a Pessoa encerra às 0600, depois de Entre Nós, em que uma especialista em história de Lisboa, Maria Gabriela Carvalho, dá a conhecer os percursos do poeta pela cidade.

Nascido em Lisboa, em 1888, Fernando Pessoa cresceu, contudo, na África do Sul, tendo chegado a escrever em língua inglesa. Muda- -se definitivamente para a capital portuguesa em 1905, onde frequenta o Curso Superior de Letras. Acabou por arranjar emprego como tradutor de cartas comerciais. Morreu a 30 de Novembro de 1935, depois de ter sido internado na véspera com uma crise hepática.

Considerado um dos grandes nomes da literatura portuguesa e um dos poetas mais marcantes do século XX, Pessoa ficou conhecido pelos seus heterónimos - sobretudo por Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro -, para os quais desenvolveu completas biografias e personalidades."

2005/11/28

"The Guardian" e um cânone de 2005

Numa moda recorrente em final de ano, o The Guardian publicou uma selecção dos livros mais importantes publicados em 2005 feita pelos seus críticos literários. O Homem Duplicado, de José Saramago, é uma das escolhas: "First three equally absorbing novels: The Double by Jose Saramago (Vintage) is a philosophical reflection, a modern fable and, at the same time, a mystery novel woven together by a Portuguese master story-teller." (Tariq Ali). Pode ler o artigo todo neste endereço.

Prémio FNAC - Teorema


A FNAC e a Teorema lançaram a edição de 2006 do Prémio Literário "Novos Talentos". Pode ler aqui o Regulamento.

Revista "Relâmpago" homenageia Luís Miguel Nava


Aqui fica reproduzida esta recensão publicada no "Actual" do Expresso (nº 1726, 26.11.2005, p. 76), pelo seu manifesto interesse didáctico.

"O último Papa"

O suplemento "Actual" do Expresso do passado sábado (nº 1726, 26.11.2005) dá honras de capa e quatro páginas (28-31) no seu interior ao romance O último Papa, de Luís Miguel Rocha, o qual é já considerado um best-seller, mesmo antes da sua publicação. Aconselho a sua leitura.

Feira do Livro em Évora

Desde hoje e até ao próximo dia 18 de Dezembro, realiza-se em Évora uma Feira do Livro, à qual estão associadas diversas actividades de animação. Deeixo aqui mais informações, transcritas do Público: "Um total de 80 editoras nacionais participam a partir de amanhã no Mercado do Livro de Évora, durante o qual os visitantes vão poder comprar obras literárias a preços reduzidos e assistir a iniciativas culturais. A iniciativa prolonga-se até 18 de Dezembro e é da responsabilidade da Associação de Jovens Professores da Região Alentejo (AJPRA), em parceria com o Grupo de Teatro Experimental de Pias (Beja) e a Federação das Associações Juvenis do Alentejo.

Em declarações à Lusa, Aires Carvalho, presidente da AJPRA, explicou hoje que a 2ª edição do Mercado do Livro (já foi realizado no ano passado) vai decorrer nas instalações do Centro Comercial S. Domingos, em Évora.

A iniciativa, segundo o mesmo responsável, vai permitir que os habitantes e visitantes daquela cidade alentejana possam adquirir, "a preços reduzidos e simbólicos", livros com a chancela de, pelo menos, 80 editoras nacionais.

"Já temos confirmadas 80 editoras e, desta forma, conseguimos trazer a Évora um conjunto alargado de livros a preços baixos", disse, acrescentando que, à disposição dos "amantes da literatura", vão estar obras "ao alcance de todos os gostos e bolsas".

Em paralelo com o Mercado do Livro, que é inaugurado com uma sessão de contos de Jorge Serafim, vão realizar-se, no mesmo espaço e também no Teatro Garcia de Resende e nos Celeiros da EPAC, diversas iniciativas culturais.

As crianças vão poder divertir-se e dar largas à imaginação no espaço do Mercado nas "Manhãs Perlimpimpim", dias 03, 10 e 17 de Dezembro, ou assistindo à representação da peça de teatro infantil "Max e Milla", dia 11 (celeiros da EPAC).

"As Obras Completas de William Shakespeare em 97 Minutos" sobem ao palco do Teatro Garcia de Resende no dia 09, enquanto, quatro dias antes, é a vez do espectáculo "A Voz, a Poesia e a Música das Palavras", das Produções Vil'Arte, tomar conta do auditório do Mercado do Livro.

O seminário "Os Jovens e o Emprego na Região Alentejo", na próxima terça-feira, na Universidade de Évora, vai abordar as perspectivas profissionais dos mais novos que habitam na região.

A AJPRA vai ainda aproveitar esta programação cultural para apresentar também, dia 16, o livro "Estudo-Diagnóstico sobre a situação socioprofissional e áreas de interesse dos jovens adultos no concelho de Évora".

Uma sessão com a escritora Ana Maria Magalhães, contos para pais e filhos com Maria do Ó, o espectáculo musical e de poesia "A Sul de Ti", de Jorge Serafim, e um encontro com o escritor José Luís Peixoto e o músico Fernando Ribeiro, dos Moonspell, são outras das iniciativas agendadas.

Além disso, realçou Aires Carvalho, o programa integra workshops de ilustração e BD, conversas sobre ilustração com José Miguel Ribeiro e a apresentação de duas curtas-metragens." (Os destaques a negrito são meus.)

2005/11/27

Actividade dramatúrgica de José Luís Peixoto

Pelo seu interesse dudáctico, transcrevo do suplemento "MilFolhas", do jornal Público, um texto assinado por Joana Gorjão Henriques: "Chama-se "Anathema" em francês e "A Imensa Tempestade" em português. Foi uma das peças que os flamengos Stan escolheram para levar ao Festival d"Automne de Paris
Primeiro é o suspiro de Romeu por uma Julieta que brilha mais do que a Lua. Depois é uma Julieta que lamenta "a mágoa e o sofrimento" que o nome de Romeu transporta. Até que a imensa tempestade dos amantes é interrompida por um homem e uma mulher que podem ser terroristas ou os próprios actores.
Não há referência directa à ocupação do Teatro de Moscovo pela guerrilha tchetchena, em Outubro de 2002, durante a representação do musical Nord-Ost, mas foi este acontecimento que deu origem a Anathema, em francês, ou A Imensa Tempestade, em português, o último texto de José Luís Peixoto, convidado pela companhia flamenga Tg Stan a escrever uma peça para eles.
A peça estreou em Paris, onde está em cena até 15 de Dezembro, e é um dos espectáculos que os Stan escolheram para levar ao Festival d"Automne, que lhes propôs ocupar o Théâtre de la Bastille durante dois meses (ver texto ao lado). Está agendada para o programa do Festival Alkantara, em Junho, em Lisboa." Pode continuar a ler aqui.

Livro Aberto e os melhores de 2005

Cito Francisco José Viegas: "O programa Livro Aberto vai lançar uma votação, entre os seus telespectadores, para elaborar uma lista dos melhores livros do ano. Quatro categorias, atendendo ao ritmo editorial português: Ficção Portuguesa, Ficção Estrangeira, Poesia, Ensaio". Pode saber mais informações aqui.

2005/11/25

Crítica literária

Há um texto sobre Paulo Teixeira, no Diário de Notícias, assinado por Pedro Mexia.

Novo trabalho

Até 4ª feira da semana que vem devem enviar-me uma caracterização de dois blogues que versem sobre literatura. O texto que produzirem deverá ter uma componente descritiva e uma componente crítica. De seguida, deixo-vos um conjunto de sugestões que comentámos na aula; a vossa pesquisa deverá extravasar estas sugestões e poderá começar por aqui. As sugestões são as seguintes: Estado Civil, A Natureza do Mal, Da Literatura, A Origem das Espécies, Casmurro, George Cassiel, Leitura Partilhada, Esplanar.

"JL" 917

2005/11/24

Sobre o editor Christian Bourgois

Aconselho a leitura da crónica de Eduardo Prado Coelho no Público de hoje (reservado a assinantes), sobre o editor francês Christian Bourgois. Pelo seu manisfesto interesse pedagógico, transcrevo-a para aqui.

A propósito de literatura intimista, parte 2

Continua no Diário de Notícias de hoje o texto de Pedro Mexia sobre literatura intimista. Pode lê-lo também aqui.

2005/11/23

A propósito de literatura intimista

Vale a pena ler a crónica de Pedro Mexia, no Diário de Notícias de hoje, ou então aqui.

2005/11/21

José Saramago

Estão disponíveis em José Saramago diversas entrevistas ao Escritor, por ocasião do lançamento do romance As Intermitências da Morte.

Evocação de Eugénio de Andrade

Leia a notícia sobre Eugénio de Andrade no Diário de Notícias de hoje.

2005/11/17

Storm Magazine


Saiu um novo número da Storm Magazine. Pode lê-lo aqui, bem como subscrever gratuitamente a newsletter.

2005/11/14

Novo trabalho

Esta semana o trabalho consiste em caracterizar o conteúdo da página pessoal de um escritor (à escolha) ou de um site sobre um escritor. Como ponto de partida para o trabalho, podem consultar este endereço. Além de descrever o tipo de informação a que, nesse site, qualquer pessoa pode aceder, iniciando o seu conhecimento do Escritor ou desenvolvendo-o e aprofundando-o, deverá também apresenta o resultado de uma consulta na Porbase relativa à bibliografia por ele produzida. Este trabalho deverá ser enviado por email até à próxima 2ª feira.

2005/11/09

A ler

Pode ler aqui uma entrevista com José Saramago.

2005/11/04

Pedro Mexia sobre Alexandre O'Neill

Ainda no Diário de Notícias de hoje, a ler o seguinte texto do crítico literário Pedro Mexia:

"O fado alexandrino de O'Neill
Estes poemas são ao mesmo tempo experimentais e quotidianos, e revelam numa leitura mais atenta um cunho moralista algo paradoxal

A década de 1970 foi especialmente produtiva para Alexandre O'Neill, que se desmultiplicou em colunas em jornais e revistas. Anos 70 - Poemas Dispersos (org. Maria Antónia Oliveira e Fernando Cabral Martins) recupera esses textos e junta--lhes alguns inéditos. Há aqui naturalmente poemas mais e menos conseguidos, mas todos são úteis para compreender a personalidade e o percurso artístico de O'Neill. Anos 70 aparece depois da reedição das essenciais prosas reunidas em Uma Coisa em Forma de Assim e antes de uma anunciada biografia. O volume, com notas, cronologia e posfácio dos editores, inclui ainda um prefácio de Vitor Silva Tavares e desenhos de Luís Manuel Gaspar. [...]" Pode continuar a ler aqui.

Prémio Vida Literária para Mário Cesariny

Pela mão da jornalista Elisabete França, o Diário de Notícias dá hoje amplo destaque ao facto do poeta Mário Cesariny ter sido hoje distinguido com o Prémio Vida Literária. Aqui ficam os dois textos em questão.

"Prémio Vida Literária para Cesariny: «Toda a vida fiz infracções»":

APE, unânime, consagra "poeta raro". Dia 30, Sampaio leva-lhe o prémio a casa.

"André Breton dizia que os surrealistas não deviam receber prémios. É uma infracção que faço, mas toda a vida fiz infracções", comenta ao DN o poeta e artista plástico Mário Cesariny de Vasconcelos, 82 anos, que foi distinguido ontem com o Prémio Vida Literária, da Associação Portuguesa de Escritores (APE)/Caixa Geral de Depósitos (CGD), no valor de 25 mil euros. [...]" Pode continuar a ler aqui.


"Poesia na 'reabilitação do real'

"Ninguém duvida hoje de que Mário Cesariny é um dos nomes mais importantes da poesia do século XX e não só portuguesa, sempre ligado à história do surrealismo, de que foi e é uma das figuras e memórias mais destacadas. Mas, para além do surrealismo 'histórico', ele foi surrealista na atitude, na vivência, na 'reabilitação do real quotidiano', através do exemplo da vida, da palavra, da poesia plástica e da poesia verbal. E para além da altura poética da sua obra lírica, há ainda que celebrar a atitude de divulgação da obra de outros [autores] do que Ernesto Sampaio chamou 'a única real tradição viva'." [...]" Pode continuar a ler aqui.